Espadas Artesanais para Dança

       

 


Textos e Referências sobre Espadas


ESPADA

(enviado por Mari Aisha)

Espada é um símbolo medieval, místico, bélico, mágico pela sua força visual. Arma da justiça, da luta, da força e mortal. A espada está relacionado ao homem com coragem. Símbolo dos justiceiros, da ação e da vontade.
A espada significa o exterminio físico, a destruição de um obstáculo, espiritualmente significa a determinação. Segundo Zari "... a espada é o princípio ativo dentro de nós que desponta em nossa consciência e penetra vigorosamente até as profundezas da mente inferior, guerreando contra a nossa escuridão e a nossa ignorância, revolvendo e atraindo para o campo aberto da nossa consciência as partes adormecidas, inconscientes do nosso próprio ser, expondo-as ao exame impessoal da consciência.

Ela é a força primordial da vontade criadora que penetra todo o espaço consciente em todos os seres vivos.
A presença da consciência ativa, que é o símbolo da espada em forma de vontade agente é primordial para a ativação da evolução de todos os seres.
A Vontade (a espada) é sucedida pela compreensão (o candelabro) e pelo equilibro da ação (a balança) que por sua vez é sucedida pelo sentimento de auto-sacrifício e a oferta de si mesmo (a cruz) e pela sabedoria e conhecimento das leis da natureza (o cálice), o amor materno e instintivo da natureza criadora de todas as formas (a esfera) e por fim, o poder gerador e transformador de toda a natureza, o fogo (a verga).
A espada é o único princípio consciente em nossa natureza. Ele alimenta as faculdades inerentes do ser vivo e desperta nos outros símbolos o seu princípio ativo, isto é, com a consciência pode haver compreensão, equilíbrio, auto-sacrifício, acumulo de sabedoria, sentimento de amor manifestado e também o impulso criador e transformador...
A Espada é o símbolo dos símbolos porque com a força da sua vontade cria e transforma qualquer aspecto do espírito, é a força do nada imanifestado agindo no todo como senhor da sua criação."

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(enviado por Mari Aisha)

FLAVIO MARTINS PINTO ressalta em seu artigo que Muitos a tratam apenas como uma peça metálica e que só o oficial detém. Entretanto, a cultura oriental nos revela uma expressiva sabedoria em relação a este símbolo militar. Para compreendê-la, devemos concebê-la como uma trilha a ser percorrida, a exemplo das artes marciais, que possuem um caminho interno constituído na forma de uma senda espiritual.
Esta senda, dentro das artes guerreiras, é chamada de BUDO, e sua maior expressão é, sem dúvida, a conhecida pelos mestres como I AI DO.
E esta é , dentre aquelas artes, a mais refinada e conservadora do espírito do BUDO. Utiliza-se a espada -Kataná- como arma cerimonial e seu treinamento e sua disciplina consistem em dominar o desembainhar, o corte e o embainhar dessa arma.
Manejar bem a espada é uma tarefa difícil, mas não só pelo aspecto técnico, que é exigido a níveis próximos da perfeição, como pelo equilíbrio e pela capacidade de discernimento do praticante.
A espada é símbolo da vontade do espírito e deve ser tratada de modo especial.
As katanás no Japão possuíam um tratamento singular desde sua forja, que era executada artesanalmente por monges que dedicavam toda sua vida a esse sagrado ofício.
A manufatura da espada japonesa não era um simples ato de fabricar um objeto para uma batalha ou utilização específica: o mestre-espadeiro colocava seu espírito em todas as fases da fabricação, chegando ao ponto de abster-se de sexo, bebidas, carne e da presença das pessoas comuns durante todo o processo.
Seu ateliê era um santuário sagrado, sendo o aço dobrado sobre si próprio em operações de forjamento sucessivo.
O sentimento colocado em cada martelada era um ato religioso que conferia um espírito à sua lâmina, nas imersões na água, nas passadas na pedra de afiar, e a deixava viva com a energia de seu criador. Existe uma história que é relacionada ao espírito do artesão que era colocado nas fibras do aço: o mais famoso armeiro japonês- MASSAMUNÉ, conhecido pelo seu espírito bom, sempre que podia ajudava as pessoas de seu vilarejo, via suas obras como um objeto artístico e instrumento para a busca da paz.
Seu melhor discípulo foi MURAMASA, que apesar de aprender toda a técnica da arte, possuía um espírito ruim,e devido a isso foi excluído do ateliê.
Conta-se que ao colocar-se duas espadas, uma de MASSAMUNÉ e outra de MURAMASA em um regato, quando folhas são jogadas na água, elas são atraídas e cortadas pela lâmina da segunda e repelidas pela primeira. Isto é relacionado pelos estudiosos ao sentimento ruim que Muramasa colocava em suas lâminas.
Ao conhecer esta arte marcial, a sublime arte de guerrear e de viver dos samurais, percebi sua semelhança com o ofício das armas e a destinação do oficial na estrutura militar de paz e de guerra.
Lembrei da espada do samurai, que deve sempre estar bem limpa, polida, pura e sem nódoas, pois representa sua alma, segundo o célebre Shogun TOKUGAWA IEYASU. A espada do oficial das Forças Armadas também.
De acordo com Helena PietrovaBlavatsky, na sua Doutrina Secreta, " existe um outro aspecto em que ela simboliza:-... a luta que o homem deve conduzir contra os "Inimigos da Luz" e contrários à ordem e à Unidade de Deus.
A "guerra" sempre estabeleceu o equilíbrio e a harmonia (ou justiça) e assim, proporcionou a unificação de certo modo, dos elementos em oposição entre si.

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(enviado por Mari Aisha)

Segundo Sergio Pereira Alves a espada é o símbolo da virtude, bravura, bem como de sua função, o poder. O poder tem um duplo aspecto: o destruidor (embora essa destruição possa aplicar-se contra a injustiça, a maleficência e a ignorância e, por causa disso, tornar-se positiva); e o construtivo, pois estabelece e mantém a paz e a justiça.

Ela é o emblema do rei. Quando associada à balança, ela se relaciona mais especialmente à justiça: separa o bem do mal, golpeia o culpado.
Símbolo guerreiro, a espada é também o símbolo da guerra que representa uma guerra interior, e esta pode ser igualmente a significação da espada trazida pelo Cristo (Mt 10, 34).
Além do mais - sob seu duplo aspecto destruidor e criador - ela é um símbolo do verbo, da palavra.
A espada é também a luz e o relâmpago: a lâmina brilha; a espada sagrada japonesa deriva do relâmpago.
A espada do sacrificador védico é o raio de Indra (o que identifica ao vajra).
Ela é, portanto, o fogo: os anjos que expulsaram Adão do Paraíso tinham espadas de fogo.
Do mesmo modo, a espada do Vishnu, que é uma espada flamejante, é o símbolo do conhecimento puro e da destruição da ignorância.

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(enviado por Mari Aisha)

EXCALIBUR Já na Wikipédia que não cita a fonte Excalibur ou Caliburn é a lendária espada do Rei Arthur.
Por vezes são atribuídas a ela poderes mágicos como cortar aço ou é associada a legítima soberania da Grande Britânia.
Às vezes Excalibur e a Espada na Pedra (a prova da linhagem de Arthur) são ditas como sendo a mesma arma, mas em diversas versões elas são consideradas diferentes.
Em galês, a espada é chamada Caledfwlch.
Nota de Beraldo Lopes Figueiredo sobre o texto da Wikipédia: A Espada de Cesar (O mito do mito)

Os romanos, nunca foram criativos para criar símbolos míticos, prova disso, que copiaram a mitologia grega e seus Deuses na íntegra, apenas trocando os nomes (Júpiter = Zeus e por aí vai), também não tinham amuletos, objetos mágicos, isso não combina com a índole italiana nem tampouco com os velhos Romanos, portanto é um mito sem provas históricas, A ESPADA CESARS CALIBUR é só existe no filme "A última Legião", portanto é uma invenção do seu criador Manfredi.
Mas já espalha-se na internet como um fato histórico: " ... que a verdadeira espada Excalibur foi uma criação de Julio Cesar, General, Cônsul e Ditador de Roma.
Quando César tomou o poder, mandou forjar uma espada com seu nome que se denominava "CesarsCalibur" e guardava essa espada como um grande tesouro.
Quando foi morto, a espada junto com outros pertences foi levada e guardada em um local secreto.
Quando a expedição de Ricardo Coração de Leão estava a caminho de Jerusalém, parou em um mosteiro para passar uma noite e lá Ricardo ganhou de presente uma espada que já estava guardada a anos".

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(enviado por Mari Aisha)

Dança com Espadas - RaksalSayf

Postado originalmente por Isis Zahara

A dança com espadas pode ser considerada uma influência orientalista a partir de pinturas do artista francês Jean- Léon Gérôme (século XVIII) que retratou bailarinas com adagas sobre suas cabeças.
Mas, não é incomum a existência dessa dança em países como o Egito, a Turquia e a Índia, principalmente entre as tradições beduínas onde as mulheres têm participação nas batalhas.

Dentro do ritual do Zaar, entre as tribos do deserto, as mulheres utilizam espadas para maldizer os espíritos masculinos que lhe tenham feito algum mal, funciona como uma ferramenta de exorcismo.

Também nas regiões afastadas do Golfo Pérsico, a espada é utilizada juntamente com um Daff para retratar as dificuldades da guerra.
A dança do Ventre ocidental adquiriu parte dessa tradição e adaptou na forma de um espetáculo exótico mesclando técnicas diversas.
A partir disso, em um processo de criação, é importante desenvolver uma personagem, seja ela beduína ou orientalista para em seguida fazer um levantamento das melodias, dos movimentos e do figurino.
Vale estudar com cuidado, pois há um respeito pelas antigas tradições e jogar pela simples sensualidade é quebrar ao meio algo de muito valor.
Saiba que a espada, dentro das tradições rituais, representa o poder sobre os 4 elementos da natureza, sendo portanto, um item de peso dentro de sua dança.
Equilibrá-la pode representar muito mais que mero exibicionismo, pode renascer algo guardado durante séculos, religando você à poderosas mulheres do passado.

Será? é no mínimo instigante, não acha? Eu acho.

Dança com várias versões para sua origem. A primeira seria que esta dança servia para homenagear a deusa Neit, mãe de Ra, deusa da guerra, que destruía os inimigos e abria os caminhos.
Uma segunda versão conta que a dança com a cimitarra surgiu das tabernas ou casas de prostituição. Os soldados, após um dia de luta, iriam descansar nesses lugares e as mulheres da casa pegavam suas espadas e dançavam, para sua diversão.
Na terceira versão, deriva do Arjã, dança milenar que só era executada por homens, geralmente os velhos das aldeias, e simbolizava a vitória sobre os inimigos e a conquista de territórios.
Com o passar do tempo, as mulheres incorporaram a cimitarra, espécie de espada com a ponta recurvada, às suas danças.

Mais versões: Desde a antigüidade os beduínos da Arábia Saudita trabalhavam com metais e eram peritos em fazer "espadas". Como território de passagem da Rota comercial das caravanas entre o Oriente e o Oriente Médio eram nas paradas de descanso que se vendiam os artefatos. Para demonstrar aos compradores interessados a excepcional qualidade de suas espadas e torná-las bem desejáveis, escolhiam suas filhas para mostrá-las. Elas se enfeitavam e desfilavam, bem como aproveitavam a oportunidade para exibir sua beleza demonstrando o quanto eram saudáveis e atraentes, vislumbrando um possível casamento.
Este costume desenvolveu a dança com a espada que é formada por dois momentos:
1 - Demonstração da espada
2 - Apresentação da filha que está pronta para iniciar sua vida "como mulher."
Também sabemos que as dançarinas egípcias, as Almées, altamente respeitadas e estimadas por todos, tinham como "privilégio", a permissão para dançar com a espada, objeto exclusivo dos homens, símbolo de sua força, coragem e virilidade.
As Almées dançavam com uma ou duas espadas, equilibrando-as em diferentes partes do corpo, mostrando uma dança poderosa e impressionante com significado simbólico.
Este aspecto da "espada" na dança revela um privilégio único que a dançarina Almée possuía: Usar um objeto do mundo masculino em sua dança.
Uma terceira raiz encontramos na antiga tradição de algumas tribos do Oriente Médio, onde, no ato do casamento, o noivo entregava sua espada à noiva.
Ela então exibia virtuosamente a espada em defesa da honra e proteção de sua futura família: com feminilidade e doçura, porém firme e altiva.
O noivo a carregava para dentro da futura casa, colocando a espada nos ombros dela, mostrando simbolicamente que lhe confiava o poder de liderar o lar e honrar a família.
Devido a esta poderosa simbologia , a dança com a espada não se desenvolveu como dança de palco no Oriente Médio.
Foram as dançarinas da Europa e especialmente as americanas que lhe deram atenção e a desenvolveram com dramaticidade e acrobacia, transmitindo um ar de perigo e poder.